quarta-feira, 14 de março de 2007

CD Andando na luz (Heloisa Rosa)


A espera terminou e finalmente tenho em mãos um dos discos mais aguardados do ano, no contexto do louvor e adoração no Brasil. Heloisa Rosa e banda lançam seu segundo álbum, pouco tempo após terem participado do ótimo disco “Unção que Une”, em parceria com o Ministério Irineu Grubert (Atmosfera da Adoração), onde poderia se prever elementos que certamente estariam - e estão - neste novo disco, que você pode conferir nesta resenha.

Despojados de qualquer marketing forçado ou mídia especializada, percebe-se claramente que Heloisa Rosa e equipe não estão preocupados em agradar ou serem agradados, mas prezam pelo melhor em diversos aspectos, principalmente pela sinceridade tanto para com Deus como para o público.

Diferente do que se ouve por aí em termos de gospel, este novo disco, “Andando na Luz”, que já começa bem pela bela capa e encarte, traz um refresco auditivo. As letras estão mais profundas e meditativas que no primeiro álbum “Liberta-me” e continuam sempre embasadas na Palavra de Deus. Se comparado ao primeiro CD, musicalmente são semelhantes, com as mesmas influências do pop/rock britânico (Delirious, U2). Porém, este novo trabalho traz ainda mais elementos alternativos e guitarras bem mais presentes.

A primeira música,“Estou Livre”, e a segunda, “Se andarmos na luz” - baseada em I João 1:10, falam abertamente sobre a libertação dos nossos pecados pelo sangue de Jesus na cruz, tema bastante enfatizado pela Heloisa no decorrer das canções.

A simplicidade e criatividade nos arranjos é característica do grupo. A produção dá destaque à voz perfeita de Heloisa. O baixo pulsante tocado por Felipe Vieira, as guitarras muito bem trabalhadas pelo Josias, bateria por Lucas Fonseca e Marcos Almeida nos teclados, sempre com bons timbres, criam um ambiente propício para se refletir nas mensagens cantadas. Com este ambiente temos a faixa três, “Há um Lugar”, uma das poucas onde o violão da Heloisa aparece.

A música “Lindo Jesus” é umas das mais gostosas de se ouvir, trazendo teclados (pianos) e guitarras lado a lado na abertura e interlúdios. Sua letra ressalta o exemplo de vida que foi a de Cristo, e que devemos imitá-lo. (I Cor 11:1, Efésios 5:1)

Os primeiros toques de bateria da canção “Pai” nos remetem à introdução de “Lugar de adoração”, do primeiro álbum. Aliás, vários momentos do disco trazem acordes e elementos usados no outro disco.

“Seis da Tarde” traz uma reflexão. Fala sobre o estado que nos encontramos perante Deus, até nos dispormos a ouvi-lo e nos rendermos perante Ele.

A belíssima canção “Perfeito”, faixa sete, é a mesma lançada no disco “Unção que Une”. Fala sobre a soberania de Deus. Enfim, dispensa maiores comentários.

A faixa oito, “Sacrifício”, expressa toda rendição em adoração a Deus que devermos oferecer. A canção seguinte, “Cruz” traz a letra mais forte e profunda do disco. É baseada em Gálatas 2:20 e Romanos 6:11: negarmos a nós mesmos e não a Deus, estando mortos para o mundo e para nós mesmos.

Finalizando o disco, “Quero Dançar” é uma canção mais rápida e menos introspectiva, mas que expressa o desejo de ver a Deus. Seu instrumental é uma das que traz muitos elementos usados pela banda U2.

É um lançamento altamente indicado para quem procura um som atual, contemporâneo, muito bem feito e também preza por boas letras e edificação espiritual. Enfim, esse disco já tem espaço garantido na minha lista dos cinco melhores do ano

Faixas:
1. Estou livre
2. Se andarmos na luz
3. Há um lugar
4. Lindo Jesus
5. Pai
6. Seis da tarde
7. Perfeito
8. Sacrifício
9. Cruz
10. Quero dançar


Análise feita pelo usuário:Márcio Heck

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